Cinco rapazes alegres alugaram uma suíte de motel na cidade de Caruaru, ali trancaram-se na boca da noite e passaram até a madrugada bebendo e fazendo sexo. Quando o fogo baixou e pediram a conta, veio a discórdia. Um inventou que estava com ciúme do outro, daí partiu todo mundo para a ignorância e deixaram a suíte em petição de miséria. A polícia teve que intervir e levar todos ao xilindró para as devidas explicações ao delegado.
Segundo a reportagem especializada no assunto, os cinco "homens" chegaram na delegacia totalmente quebrados. Tinha deles com olho roxo, outro com o beiço inchado, o loirinho mal podia sentar por causa da dor na bunda, um sarará caminhava com as pernas abertas e o branquelo procurava o tempo todo pela chapa que caíra na hora da agitação.
O dono do motel contou que eles passasaram a noite no maior fuzuê. Gritavam, miavam, choramingavam, urravam de prazer e, à cada intervalo, pediam bebida e comida.
Por isso até que a conta foi pequena, somente 89 reais, contando com o aluguel do quarto. O gerente do motel informou que estava havendo promoção para ver se os motéis não fecham por causa da concorrência de novos e luxuosos construídos nas imediações.
Mas voltando ao caso dos cinco rapazes aprisionados após o quebra-quebra. Levados para a Delegacia, ficaram a espera do interrogatório a cargo do delegado. Deveriam prestar depoimento e depois sair da cadeia, após pagarem os prejuízos.
O homem da lei, com seu bigode vistoso, sentou atrás do birô, ajeitou a gravata, piscinou os óculos e começou a interrogar:
-Quem são vocês? - perguntou, tendo o mais sassaricado e oferecido dos cinco respondido na frente dos outros:
-Nós semos cinco frêscos".
O delegado, doutor em português, não se conteve:
-Nós semos não, sua bicha safada. Nós somos!
E a bichinha, se justificando:
-Desculpe, seu delegado. Não sabia que o senhor também era.
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