“Precisando de
alguma coisa, é só pedir". "O doutor está se sentindo bem?".
"Gostei da sua resposta, chefe!" "Puxa, você é um cara
genial!". "Qualquer problema, não se preocupe, estou à
disposição". Estas e tantas outras frases elogiosas e bajulatórias são
praticadas com freqüência nos corredores do poder, seja na Assembléia
Legislativa, na Câmara Municipal. Pegajosos, os bajuladores de carteirinha se
dispõem até a substituir o bajulado na hora das necessidades fisiológicas. O
puxa-saco, também conhecido por lambe-botas, baba-ovo, xeleléu, chaleira ou
qualquer outro nome que se queira dar, é aquele cidadão (cidadã também vale)
que conserva o incontrolável hábito de não medir esforços para agradar alguém,
de preferência superior na hierarquia. Seu vício é pior que a droga, pois é
capaz de moldar o corpo e a alma. O xeleléu profissional pode ser detectado à
distância. Suas características principais são a acentuada flexibilidade na
coluna, pronta para concordar com tudo em forma de complemento oriental, o
excessivo derramamento de elogios, sugestões (mesmo descabidas), sorrisos e
ternura com o ser protegido, podendo ainda, em situações de contrariedade,
tornar-se agressivo na defesa de seu ídolo.
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