O envelhecimento é um processo natural da vida. Aos poucos se perde força, potência muscular, memória e o corpo apresenta sinais de limitação e falha. A vulnerabilidade física se reúne à fragilidade emocional. Na maioria dos casos, os sintomas são inevitáveis e culminam no quadro de depressão. Psiquiatras e profissionais de educação física ressaltam que é comum a doença se instalar em idosos. No entanto, existe um remédio natural que pode reduzir ou evitar seu surgimento: a atividade física.
Pessoas na terceira idade também se deparam com questões cruciais: perda de pessoas queridas, idade avançada, aposentadoria e solidão após a saída dos filhos de casa. As mudanças físicas e sociais, juntas, contribuem para a vulnerabilidade do idoso.
Quem explica é o psiquiatra Rafael Braga. “Ele se percebe limitado e inseguro após essas mudanças, o que pode culminar em um quadro de depressão. Desânimo e falta de motivação fazem com que o corpo reduza a produção de serotonina e endorfina, hormônios responsáveis pelo bom humor, bem-estar, sensação de prazer. É nesse ponto que a atividade física entra como forte aliado no combate à doença”, esclarece Braga, médico psiquiatra assistente do Espaço Rizoma, no Poço da Panela.
Não há restrição de faixa etária. Exercício físico é legal para todas as idades porque estimula vários aspectos sociais, físicos e, sobretudo, libera endorfina e serotonina. As duas substâncias são produzidas pelo organismo e têm funções similares no funcionamento do corpo. Trabalham em conjunto para proporcionar bem-estar, bom humor, prazer e disposição para encarar qualquer tipo de situação.
O profissional de educação física Jéfter Campos reúne experiência e alunos da terceira idade. E sabe da importância dos exercícios de força, equilíbrio e coordenação motora para readquirir independência. “A atividade física faz com que o idoso se sinta bem, talvez seja o único momento do dia em que ele vai se sentir bem. Em uma aula, ele estará em conjunto, compartilhando suas dificuldades com outras pessoas e sendo estimulado a continuar os exercícios, não desistir e sempre se esforçar um pouquinho mais. Além de ser acolhido por um grupo, a liberação hormonal ajuda nos momentos de ansiedade. Atividade física é um remédio que mexe com o bem-estar e não tem colateral”, destaca Jéfter Campos.

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